sábado, 3 de julho de 2010
Violões que choram
Ah! plangentes violões dormentes, mornos
Soluços ao luar, choros ao vento...
Tristes perfis, os mais vagos contornos,
Bocas murmurejantes de lamento.
Noites de além, remotas que eu recordo.
Noites da solidão, noites remotas
Que nos azuis da fantasia bordo,
Vou constelando de visões ignotas.
Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventosm vivas, vãs, vulcanizadas.
Cruz e Souza. Obra completa, Rio de Janeiro,1995. p.122-3.
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