sexta-feira, 2 de julho de 2010

Depois do vendaval



A tempestade passou aqui:
Derrubou folhas, curvou arbustos,
assustou gente: ficou em mim
em forma de vida,
da energia, da disciplina,
que eu precisava para crescer,
compreender
outras plantinhas (e até grandes)
quando açoitados por tempestades,
como esta assim.
Então não choro, não desanimo,
troco meu medo pelo louvor:
porque a tempestade que derruba as folhas,
curva os arbustos, assusta a gente,
lava o espaço, rompe os laços
que me impedem de ser amor.


(Myrtes Mathias)

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